Enquanto todo mundo procura razões pra acreditar em alguma coisa eu sigo descrente. Falam de como é bonita a vida. Se for uma garota bonita a gente até escuta. Não acredita, mas ouve. O que observo é o ser humano e suas pequenices. Tentando ser notado de qualquer maneira. Seja com muito trabalho, seja roubando o lugar de alguém, seja por uma obra do desgraçado do destino. O cara tá lá. Tentando. Já fui um filho da puta, mas do tipo incidental (o que se fode mais, na real). Afinal, sou mais um serzinho desses desprezíveis que certa hora vai virar pó. O tempo é a cruz e não há saída. Pra ninguém. Pelo menos tenho a certeza que passo a maior parte do meu tempo procurando me sabotar e não ferrar com ninguém. Provavelmente seria outra investida mal sucedida. O que me consola é saber que não quero a vida de alguém pra mim. Não quero ter o que os outros têm. E isso Já é alguma coisa. Não vou acordar e ir lá querer a mulher de um cara, o trabalho de outro, a casa bonita do vizinho, o carro do ano do babaca do quarteirão. Aceite o factual. Ninguém vale nem a porra de um palito de fósforo, mas até pra ser um cara desprezível é preciso ter alguma dignidade.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
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